Banco Central da Argentina adota Bitcoin para fortalecer reservas
A história adora ironias — e o Bitcoin é mestre em provocá-las.
Após décadas de colapsos cambiais, inflação descontrolada e promessas vazias, o Banco Central da Argentina tomou uma atitude que, até pouco tempo, seria considerada heresia: adotar o Bitcoin como parte oficial das suas reservas internacionais.

De acordo com reportagens da Bitcoin News e da Swan Bitcoin, a instituição confirmou nesta quinta-feira, 25 de abril de 2025, a compra inicial de 5.000 BTC. A decisão, portanto, busca proteger o país contra a contínua desvalorização do peso argentino.
Argentina cansou de promessas: agora é Bitcoin
A realidade sul-americana mostra, mais uma vez, o poder revolucionário do Bitcoin. O anúncio do Banco Central da Argentina surpreendeu até analistas mais otimistas. A aquisição de 5.000 bitcoins — equivalente a aproximadamente US$ 325 milhões — marca, assim, o primeiro movimento oficial de um banco central latino-americano em direção ao dinheiro sólido.
O presidente do Banco Central, Javier Milei, declarou:
“O Bitcoin representa liberdade econômica. E a Argentina precisa urgentemente de liberdade.”
Palavras que, para quem entende Bitcoin, soam como música para os ouvidos.
Além disso, o país envia uma mensagem clara para o restante do mundo: moedas fiduciárias falham; o Bitcoin, por outro lado, não.
Rumo à hiperbitcoinização?
O passo dado pela Argentina é histórico, e não apenas simbólico. Pela primeira vez, um país devastado por moedas inflacionárias reconhece que a solução está no dinheiro duro, e não em novos planos econômicos mirabolantes.
Michael Saylor, CEO da MicroStrategy, comentou:
“A Argentina será lembrada como a primeira nação a entender que o Bitcoin é a arca de Noé financeira em um mar de dívidas soberanas.”
Com uma inflação anual ainda orbitando acima dos 130%, os argentinos comuns já utilizavam Bitcoin para se proteger. Agora, o próprio Estado corre atrás de uma estratégia que seu povo já havia adotado espontaneamente.
Assim, a adoção oficial apenas legitima o que a população já sabia: confiar em governos é arriscado; confiar em Bitcoin é sobrevivência inteligente.
Outros países seguirão?
A decisão argentina está despertando a curiosidade de bancos centrais ao redor do mundo. Na América Latina, moedas como o bolívar venezuelano e o real brasileiro continuam sofrendo ataques inflacionários. Por isso, a movimentação da Argentina está sendo observada com atenção redobrada.
Fontes internas citadas pela BTC Times afirmam que Paraguai, Uruguai e alguns estados mexicanos estudam medidas semelhantes. Se a estratégia argentina se mostrar bem-sucedida — e tudo indica que será — outros governos poderão, consequentemente, seguir o mesmo caminho.
Por fim, pode-se dizer que estamos presenciando os primeiros movimentos do dominó da hiperbitcoinização. Um movimento que já era inevitável e, agora, apenas se acelera.
Preparem seus nodes.