Maior gestora do mundo lidera novo ciclo de adoção institucional do Bitcoin
A BlackRock voltou aos holofotes do mercado de Bitcoin. No dia 28 de abril de 2025, a maior gestora de ativos do planeta comprou US$ 970 milhões em Bitcoin por meio do seu ETF à vista, o iShares Bitcoin Trust (IBIT). Esse movimento representou o segundo maior aporte diário do fundo desde sua estreia, em janeiro de 2024. O único volume superior ocorreu em novembro de 2024, quando o IBIT registrou uma entrada de US$ 1,12 bilhão em apenas um dia.

Esse investimento, no entanto, não deve ser visto de forma isolada. Ele faz parte de uma tendência mais ampla: a crescente presença institucional no mercado de Bitcoin nos Estados Unidos. A dimensão dessa compra revela que estamos diante de uma nova fase do ciclo de adoção do ativo digital.
IBIT amplia dominância no setor de ETFs de Bitcoin
Com essa nova entrada, o IBIT passou a controlar 51% de todo o mercado norte-americano de ETFs de Bitcoin. Agora, o fundo administra mais de US$ 54 bilhões em ativos. Dessa forma, ele se tornou o maior ETF de Bitcoin spot dos EUA — e provavelmente do mundo.
Enquanto a BlackRock atraía liquidez, outros fundos perderam terreno. O ARK 21Shares Bitcoin ETF (ARKB), por exemplo, viu saírem US$ 226 milhões no mesmo dia. Já o Fidelity Wise Origin Bitcoin Fund (FBTC) enfrentou uma retirada de US$ 86 milhões. Esses números indicam que os investidores estão migrando para veículos mais sólidos, com maior liquidez e reputação institucional consolidada.
Bitcoin ganha suporte com entrada institucional via ETFs
Além de representar uma injeção de capital, esse tipo de movimentação contribui para sustentar o preço do Bitcoin. Somente na última semana, os ETFs de Bitcoin spot nos Estados Unidos acumularam mais de US$ 3 bilhões em entradas líquidas. Como resultado, o preço do BTC permaneceu acima de US$ 94.000, mesmo diante da instabilidade macroeconômica global.
Outro ponto relevante é o impacto psicológico no mercado. Quando grandes instituições compram Bitcoin de forma tão expressiva, outros investidores — tanto institucionais quanto de varejo — tendem a seguir a mesma direção. Assim, cria-se um efeito dominó que pode acelerar novas altas.
Além disso, ao canalizarem bilhões por meio de ETFs regulados, os investidores demonstram confiança no ambiente institucional do Bitcoin. A era em que o ativo era visto apenas como instrumento especulativo está, aos poucos, ficando para trás.
BlackRock impulsiona novo ciclo de valorização
A influência da BlackRock sobre o mercado é gigantesca. Afinal, estamos falando da maior gestora de ativos do planeta. Quando a empresa movimenta quase US$ 1 bilhão em Bitcoin em um único dia, o sinal que emite é claro: o Bitcoin veio para ficar.
Desde o lançamento do IBIT, em janeiro de 2024, o fundo já acumulou mais de US$ 54 bilhões em ativos sob gestão. Essa trajetória impressionante se deve tanto à solidez da marca quanto à eficiência da estrutura do fundo. Não por acaso, o IBIT atraiu a confiança de uma parcela significativa dos gestores institucionais.
Além disso, esse desempenho coloca pressão nos concorrentes. Fundos como o da Fidelity, da Ark e da VanEck buscam responder com melhorias em liquidez, taxas e estrutura. No entanto, até agora, nenhuma dessas gestoras conseguiu ameaçar seriamente a liderança da BlackRock.
Bitcoin caminha para status de ativo estratégico
Se antes o Bitcoin era visto com desconfiança por instituições tradicionais, agora ele começa a ocupar um novo espaço: o de ativo estratégico global. Esse processo de transformação não ocorre da noite para o dia. No entanto, a adesão de empresas como a BlackRock acelera — e legitima — essa evolução.
Além disso, os gestores que aplicam bilhões em Bitcoin não tomam essas decisões por impulso. Eles baseiam suas estratégias em análises macroeconômicas, modelagens de risco e projeções de longo prazo. Dessa forma, a decisão de investir tamanha quantia em Bitcoin indica uma convicção profunda no potencial do ativo.
A cada nova compra bilionária, o Bitcoin se afasta da imagem de “moeda alternativa” e se aproxima do patamar de ativo indispensável. Isso é particularmente relevante em um contexto de juros elevados, endividamento soberano crescente e deterioração da confiança em moedas fiduciárias.
Conclusão: a era institucional do Bitcoin chegou
A compra de US$ 970 milhões em Bitcoin pela BlackRock representa mais do que uma simples movimentação de mercado. Trata-se de uma confirmação de que a institucionalização do Bitcoin está em pleno andamento. Cada vez mais, o ativo ganha espaço em portfólios de longo prazo, fundos de pensão e estruturas sofisticadas de alocação de capital.
Para o investidor atento, esse movimento é um aviso. A janela para adquirir Bitcoin antes que a institucionalização o consolide de vez como ativo dominante está se fechando. Enquanto isso, a BlackRock e outros gigantes seguem acumulando.
Em resumo, o futuro do sistema financeiro será moldado por aqueles que entenderem que o tempo de ignorar o Bitcoin já passou.