Em 6 de março de 2025, o presidente Donald Trump assinou uma ordem executiva que cria a Reserva Estratégica de Bitcoin dos Estados Unidos. A medida busca consolidar o país como protagonista da nova economia digital e, ao mesmo tempo, proteger seus ativos em meio à instabilidade global.

O governo destinou para a reserva cerca de 200.000 BTC, anteriormente apreendidos em operações federais. Atualmente, o valor ultrapassa US$ 17 bilhões. Ao invés de vender esses bitcoins, o Tesouro decidiu mantê-los em carteira fria, tratando-os como um ativo estratégico — assim como o ouro.
Uma guinada na política monetária dos EUA
Essa decisão marca uma mudança de postura importante. Durante anos, o governo americano hesitou em reconhecer o Bitcoin como reserva legítima de valor. Agora, o país adota oficialmente o BTC como parte de sua estratégia monetária.
Além disso, ao manter os ativos em reserva — e não vendê-los — os Estados Unidos reconhecem o valor de longo prazo do Bitcoin, especialmente como proteção contra inflação e políticas fiscais instáveis.
Consequentemente, o movimento pressiona outras nações a considerar soluções semelhantes. Países como Japão, Brasil e República Tcheca já manifestaram interesse em políticas semelhantes, segundo o Wikipedia.
Implicações globais e geopolíticas
A criação da reserva também projeta os EUA como referência entre os países que buscam se posicionar na nova era financeira. Enquanto alguns governos seguem tentando regular o Bitcoin com restrições, os Estados Unidos preferiram abraçar sua utilidade estratégica.
Com isso, a medida pode desencadear uma corrida global por acúmulo de BTC entre governos, semelhante ao que aconteceu com o ouro no século XX.
Além disso, especialistas apontam que a inclusão do Bitcoin nas reservas nacionais pode afetar a política monetária internacional, principalmente em negociações com países que ainda mantêm forte dependência do dólar.
Bitcoin deixa de ser outsider e entra no cofre do Estado
Ao oficializar a reserva estratégica, os EUA retiram o Bitcoin da categoria de “ativo rebelde” e o posicionam ao lado de instrumentos tradicionais da política econômica. Isso muda completamente o jogo.
Antes, o Bitcoin era encarado como uma ameaça à soberania monetária. Agora, ele passa a integrar a própria soberania financeira do país.
Portanto, a medida não apenas valida o BTC como reserva de valor, mas também reforça seu papel como pilar estrutural da nova economia.
Conclusão: quando o Estado adota o dinheiro livre
A criação da Reserva Estratégica de Bitcoin marca uma virada histórica. Os Estados Unidos, que por anos hesitaram em se comprometer com o Bitcoin, agora o colocam no coração de sua política econômica.
Essa decisão fortalece o BTC, não apenas como ativo, mas como símbolo de soberania individual e resistência à inflação. Mais do que nunca, governos reconhecem aquilo que Satoshi Nakamoto já sabia: o dinheiro controlado por código é mais confiável do que o impresso por decreto.
Se a maior economia do mundo está guardando Bitcoin no cofre, talvez seja hora de o mundo prestar mais atenção.