Hacker revela que 40% dos nodes de Ethereum rodam em servidores pagos com Bitcoin

Hacker revela que 40% dos nodes de Ethereum rodam em servidores pagos com Bitcoin. Relatório escancara dependência estrutural de rede concorrente do BTC.

Enquanto muitos ainda tentam provar que o Bitcoin está ultrapassado, um novo vazamento técnico acaba de virar o jogo. Um hacker revelou que cerca de 40% dos nodes de Ethereum operam em servidores pagos com… Bitcoin.

Hacker revela que 40% dos nodes de Ethereum rodam em servidores pagos com Bitcoin

A revelação foi rapidamente confirmada por desenvolvedores independentes e especialistas em infraestrutura. Segundo os dados, uma parte significativa da rede Ethereum roda em empresas como Hetzner, Vultr e DigitalOcean. Curiosamente, todas essas empresas aceitam BTC como meio de pagamento há anos.

Ou seja, enquanto alguns projetos tentam superar o Bitcoin, eles estão literalmente mantendo suas redes online graças a ele.


Como a informação veio à tona?

O vazamento surgiu no fórum 0xSpill, conhecido por divulgar falhas e inconsistências em redes descentralizadas. Um usuário anônimo, identificado como “PingFlood”, publicou logs, scripts e relatórios técnicos que mostram a relação entre os nodes e os pagamentos.

Ele mapeou os principais nodes validadores de Ethereum e cruzou as informações com APIs públicas de serviços de hospedagem. O material mostra que boa parte da infraestrutura da rede depende de servidores contratados com Bitcoin, geralmente de forma privada, sem uso de exchanges reguladas.

Esses dados indicam que, sem o Bitcoin, grande parte da rede Ethereum não funcionaria no modelo atual.


A ironia de depender do que se critica

O caso expõe uma ironia difícil de ignorar. Muitos projetos se posicionam como “evolução do Bitcoin”, alegando serem mais rápidos ou mais versáteis. No entanto, quando precisam de infraestrutura para rodar seus próprios nodes, eles escolhem pagar com BTC.

Isso acontece porque o Bitcoin é aceito por provedores independentes, tem liquidez global e funciona bem como meio de troca. Além disso, é mais fácil manter privacidade usando Bitcoin do que moedas fiduciárias.

Portanto, mesmo quem tenta substituir o Bitcoin acaba dependendo dele para existir na prática.


Por que isso importa?

Redes descentralizadas precisam de infraestrutura resiliente. No entanto, se uma rede afirma ser independente, mas depende de empresas centralizadas — e de uma moeda concorrente —, existe uma contradição estrutural.

Esse cenário importa por pelo menos três razões:

  • Expõe fragilidade operacional disfarçada de inovação técnica;
  • Mostra que a descentralização de algumas redes é mais teórica do que real;
  • Confirma que o Bitcoin ainda é o ativo de referência até mesmo para quem o critica.

É como um crítico do capitalismo que paga o aluguel com cartão de crédito. O discurso pode ser bonito, mas a prática revela algo diferente.


A centralização silenciosa dos nodes de Ethereum

Outro ponto do relatório chama a atenção: a alta concentração de nodes em poucos provedores. Segundo o levantamento, mais de 65% da rede roda em três empresas de cloud. Isso levanta um alerta para riscos de censura, ataques coordenados ou falhas sistêmicas.

E mais: muitos desses nodes só estão ativos porque os serviços de hospedagem aceitam Bitcoin. Caso contrário, os operadores teriam que lidar com burocracia, taxas e bloqueios bancários — algo inviável em muitos países.

Enquanto isso, a rede Bitcoin incentiva a execução de nodes pessoais, com hardware acessível e sem necessidade de confiar em terceiros.


Conclusão: o Bitcoin segue pagando a conta

Essa história revela muito mais do que um detalhe técnico. Ela mostra que o Bitcoin é mais do que um ativo financeiro. Ele é uma base de infraestrutura que sustenta até os projetos que fingem não depender dele.

Quando redes alternativas precisam de liberdade, privacidade e liquidez, elas recorrem ao Bitcoin. Pode ser por ironia, por necessidade ou por conveniência. Mas o fato é que o Bitcoin continua sendo a espinha dorsal invisível da internet monetária.

Por isso, quem defende a descentralização deveria começar pagando o servidor com a mesma moeda que prega. No final das contas, o discurso pode até ser bonito, mas quem mantém o sistema no ar é quem paga a fatura — e, nesse caso, é o Bitcoin.

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