A Strategy, antiga MicroStrategy, deu mais um passo ousado rumo à consolidação de sua estratégia monetária: acumular satoshis com disciplina e convicção. A empresa comprou 3.459 BTC, totalizando US$ 285,8 milhões em investimentos na última semana. Com essa aquisição, sua reserva de Bitcoin institucional atingiu a marca impressionante de 531.644 BTC.

A compra foi financiada por meio da emissão de ações Classe A, algo que a empresa já vinha utilizando como mecanismo de financiamento. O preço médio pago por unidade foi de US$ 82.618. Portanto, não se trata de uma ação pontual ou especulativa, mas sim de um posicionamento estratégico consolidado.
Por que a reserva de Bitcoin institucional da Strategy importa
Enquanto a maioria das empresas ainda aposta em títulos do Tesouro ou aplicações tradicionais, a Strategy segue outro caminho. Ela escolheu o Bitcoin como principal forma de proteção do seu caixa. E não é por acaso.
Michael Saylor, fundador da empresa e defensor ferrenho do Bitcoin, já afirmou que manter caixa em dólar é “como segurar um cubo de gelo derretendo”. Essa visão crítica em relação ao sistema fiduciário tradicional levou a empresa a uma abordagem diferente. Assim, a companhia vem acumulando BTC trimestre após trimestre, independentemente da volatilidade do mercado.
Veja a entrevista de Michael Saylor para a CNBC.

Além disso, com essa nova compra, a Strategy agora detém cerca de 2,5% de todos os bitcoins que existirão até o ano de 2140. Por isso, sua movimentação no mercado é acompanhada de perto por investidores, analistas e outras corporações. De fato, quando uma empresa pública aposta tão fortemente em um ativo descentralizado, o mercado ouve com atenção.
Como essa estratégia influencia o mercado global
O impacto das compras da Strategy vai muito além dos números. A cada nova aquisição, a empresa reforça a ideia de que o Bitcoin pode — e deve — ser adotado como uma reserva institucional legítima. Assim como empresas como Tesla e Block já fizeram no passado, a Strategy pavimenta o caminho para uma nova forma de gestão de caixa.
Por outro lado, governos de países emergentes também observam esse movimento com interesse. Afinal, em um mundo onde a impressão de dinheiro segue desenfreada, possuir um ativo digital escasso é uma vantagem competitiva. Consequentemente, essa tendência tende a crescer.
Além do mais, com o halving se aproximando, a escassez programada do Bitcoin ficará ainda mais evidente. Portanto, adotar o BTC como uma reserva de Bitcoin institucional já não é apenas uma escolha ousada. É uma estratégia visionária.