Desde o halving de abril de 2024, o Bitcoin valorizou mais de 33%. Em janeiro de 2025, a criptomoeda rompeu a barreira dos US$ 109 mil, atingindo uma nova máxima histórica.

Esse desempenho chama a atenção de analistas, principalmente porque contraria o cenário macroeconômico global. Além disso, a velocidade dessa valorização sugere que o ciclo pós-halving está se encurtando.
O que é o halving do Bitcoin?
O halving é um evento programado que ocorre a cada quatro anos na rede Bitcoin. Durante esse evento, a recompensa dos mineradores por bloco validado é reduzida pela metade.
Em abril de 2024, a recompensa passou de 6,25 para 3,125 BTC por bloco. Como resultado, a emissão de novos bitcoins no mercado caiu drasticamente.
Historicamente, essa escassez programada precede ciclos de valorização. Portanto, o halving é amplamente aguardado pelos investidores como um catalisador de alta.
Além disso, o evento fortalece a narrativa de que o Bitcoin é um ativo deflacionário, o que o torna ainda mais atraente em tempos de inflação persistente.
Valorização de 33% em menos de um ano
Apesar das tensões comerciais entre EUA e China e da instabilidade nos mercados globais, o Bitcoin teve uma performance surpreendente. Desde o halving, valorizou 33%, reforçando seu papel como ativo antifrágil.
Segundo especialistas, a presença crescente de investidores institucionais e o surgimento de ETFs de Bitcoin foram fundamentais nesse movimento.
Além disso, o aumento da liquidez e a maturidade do mercado contribuíram para uma menor volatilidade. Consequentemente, o Bitcoin se mostrou mais estável que muitos ativos tradicionais em 2024.
Portanto, a valorização não pode ser atribuída apenas à escassez. A demanda qualificada também foi determinante.
ETFs e adoção institucional impulsionam o mercado
O lançamento de ETFs de Bitcoin em grandes bolsas, como Nasdaq e Deutsche Börse, aumentou a exposição de investidores convencionais à criptomoeda.
Como resultado, a demanda cresceu exponencialmente. Ao mesmo tempo, a oferta se tornou mais restrita por conta do halving, criando um desequilíbrio positivo para o preço.
Além disso, empresas como BlackRock, Fidelity e ARK Invest aumentaram suas posições em BTC. Isso validou o Bitcoin como reserva de valor no ambiente corporativo.
Por isso, muitos analistas já tratam o Bitcoin como um novo ouro digital. A diferença é que sua liquidez e portabilidade são maiores.
Comparação com ciclos anteriores
Em 2020, o Bitcoin levou 546 dias após o halving para alcançar uma nova máxima. Já em 2016, esse tempo foi de 518 dias.
No entanto, em 2024, a criptomoeda quebrou seu recorde anterior em apenas 273 dias. Esse novo padrão de comportamento sugere uma aceleração nos ciclos de mercado.
Isso ocorre, principalmente, porque o mercado está mais maduro. Além disso, a entrada de capital institucional tornou os movimentos de alta mais rápidos e consistentes.
Portanto, estamos diante de uma mudança estrutural. O ciclo de quatro anos talvez esteja ficando para trás, dando lugar a dinâmicas mais ágeis e impulsionadas por dados e liquidez.
Perspectivas futuras para o Bitcoin
O cenário para os próximos meses continua otimista. Analistas acreditam que, se a demanda institucional se mantiver firme, o Bitcoin poderá romper a casa dos US$ 130 mil ainda em 2025.
Por outro lado, políticas monetárias restritivas e regulações desfavoráveis podem frear essa trajetória. Assim, é fundamental acompanhar de perto o ambiente macroeconômico.
Além disso, o crescimento da rede Lightning e a adoção do BTC como reserva por governos, como El Salvador e EUA, contribuem para sustentar o preço em níveis elevados.
Consequentemente, o Bitcoin segue consolidado como o ativo digital mais relevante do mundo — e seu comportamento pós-halving apenas reforça essa posição.