Michael Howell alerta para crise de colateral global e aponta Bitcoin como solução contra inflação monetária

Michael Howell alerta para crise de colateral global e aponta Bitcoin como solução contra inflação monetária e instabilidade financeira em sistemas altamente endividados.

O analista financeiro Michael Howell, fundador da CrossBorder Capital, emitiu um alerta claro e urgente: o sistema financeiro global está à beira de uma crise de colateral. Em sua mais recente análise publicada pela TFTC, ele revela que 77% de todo o crédito mundial já está lastreado em colateral. Isso torna o sistema extremamente vulnerável a choques de liquidez e dificuldades de refinanciamento.

Michael Howell alerta para crise de colateral global e aponta Bitcoin como solução contra inflação monetária

Além disso, Howell destaca que, neste cenário, ativos como o Bitcoin surgem como alternativas viáveis para proteção contra inflação monetária e instabilidade sistêmica. A fala vem em um momento em que a confiança no sistema tradicional segue em declínio e a busca por proteção cresce globalmente.


Um sistema financeiro frágil e altamente endividado

Segundo Howell, o sistema atual passou de uma economia baseada na formação de capital para um modelo dependente de refinanciamentos contínuos. Isso mudou tudo. Hoje, quase toda a expansão do crédito depende de ativos que sirvam como garantia.

Por esse motivo, qualquer distúrbio nos mercados de recompra (repo) pode desencadear uma crise em cadeia. Como consequência, bancos, fundos e governos inteiros podem sofrer colapsos sistêmicos.

Além disso, o foco nos indicadores errados contribui para a fragilidade. Howell afirma que o problema não está na relação dívida/PIB, mas sim na relação dívida/liquidez. Quando essa relação ultrapassa 2:1, o sistema entra em zona crítica.

Portanto, a verdadeira métrica de risco está sendo ignorada por governos e instituições financeiras. E isso, segundo ele, é uma receita para o desastre.


Bitcoin como solução em tempos de inflação monetária

Diante dessa realidade, Howell aponta que o Bitcoin — ao lado do ouro — se apresenta como alternativa de proteção real. Em sua visão, ambos funcionam como escudos contra o excesso de liquidez e a inflação promovida por bancos centrais.

Além disso, Howell destaca que as gerações mais jovens já perceberam a fragilidade do sistema monetário. Por esse motivo, estão recorrendo ao Bitcoin como forma de armazenar valor de maneira confiável.

Ele ressalta que, caso o estoque de títulos do Tesouro dos EUA dobre na próxima década, os preços do ouro e do Bitcoin devem seguir o mesmo caminho. Isso ocorre porque esses ativos não sofrem diluição via impressão ou manipulação política.

Portanto, o Bitcoin pode não apenas preservar valor, mas também oferecer estabilidade em um cenário de endividamento recorde e colateral precário.


O colapso do sistema de crédito e o “reset” monetário iminente

Para Howell, não há dúvida: estamos a caminho de um reset monetário global. A única dúvida é quando. Enquanto isso não ocorre, será necessário recorrer à inovação do setor privado e ao uso de ativos reais para proteção.

Por outro lado, a política dos bancos centrais está se tornando ineficaz. Com juros elevados e dívida crescente, as margens de ação das autoridades monetárias estão cada vez menores.

Nesse contexto, o Bitcoin aparece como uma reserva de valor descentralizada, incorruptível e com liquidez global. Diferente dos ativos tradicionais, ele não exige confiança em nenhum emissor, banco ou governo.

Além disso, Howell observa que o uso do Bitcoin como colateral em produtos de crédito privados está crescendo. Isso mostra uma mudança importante de percepção, elevando o Bitcoin de ativo especulativo a instrumento financeiro estratégico.


Conclusão: o Bitcoin como pilar de um novo sistema financeiro

A análise de Michael Howell revela algo alarmante: o sistema financeiro global está pendurado em colateral instável e liquidez escassa. Nesse cenário, o Bitcoin emerge como uma das poucas alternativas viáveis para proteção e reconstrução da confiança.

Consequentemente, a dependência excessiva do sistema bancário de ativos frágeis como garantia indica que a próxima crise pode não ser apenas econômica, mas estrutural. O Bitcoin, com sua arquitetura sólida, pode ajudar a criar um novo modelo de estabilidade baseado em escassez digital e confiança matemática.

Portanto, ignorar os alertas de Howell é um erro. O colapso pode não acontecer amanhã, mas o caminho até lá já está traçado. E, quando vier, será tarde demais para correr atrás do último satoshi.

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