A MicroStrategy alcançou um marco histórico. A empresa, liderada por Michael Saylor, agora detém 538.200 bitcoins. Com esse número, ela ultrapassou as estimativas de reservas de Satoshi Nakamoto, o criador do Bitcoin.

No último mês, a empresa comprou 6.556 BTC, investindo cerca de US$ 555,8 milhões. Essa nova aquisição reforça a estratégia agressiva da MicroStrategy, que desde 2020 vem acumulando Bitcoin como ativo de reserva principal.
Michael Saylor defende a tese de que o Bitcoin é o melhor ativo de proteção contra inflação. Por isso, ele conduz a empresa com foco total na acumulação de BTC.
Estratégia agressiva de aquisição contínua
Desde 2020, a MicroStrategy adota o Bitcoin como base para sua política de reservas. Para isso, a empresa vende ações e emite dívida com o objetivo claro de aumentar suas compras de BTC.
Diferente de outras companhias, a MicroStrategy não diversifica. Ela concentra suas reservas exclusivamente em Bitcoin. Esse posicionamento ousado atraiu atenção global e dividiu opiniões.
Apesar das críticas, a estratégia tem mostrado consistência. A cada recuo no preço do BTC, a empresa aumenta sua posição. Ou seja, ela aproveita quedas como oportunidade de entrada.
Além disso, os resultados financeiros da MicroStrategy acompanham essa decisão. Com a valorização do Bitcoin em 2024 e 2025, o valor de mercado da empresa disparou.
Impacto no mercado e implicações futuras
Hoje, a MicroStrategy detém aproximadamente 2,5% de todos os bitcoins existentes. Esse dado impressiona, principalmente porque a empresa superou até mesmo as estimativas do criador da rede. (treasuries.bitbo.io)
A concentração de uma quantia tão significativa em uma única entidade levanta debates. Contudo, também demonstra o nível de convicção institucional em relação ao BTC.
Como reflexo, outras empresas já estudam estratégias semelhantes. À medida que o Bitcoin ganha status de reserva de valor, companhias buscam alternativas à liquidez em dólar.
A movimentação da MicroStrategy influencia o mercado de diversas maneiras. Primeiro, ela reduz a quantidade de BTC disponível no mercado. Segundo, estimula o debate sobre o papel das reservas corporativas.
Além disso, o exemplo da MicroStrategy abre caminho para novas políticas de tesouraria. Empresas de tecnologia e fintechs começam a revisar seus modelos de preservação de capital.
Por fim, o movimento contribui para a narrativa de adoção institucional em larga escala. Afinal, quando uma empresa pública acumula meio milhão de bitcoins, o mercado escuta.