O império não apenas ataca de volta — ele agora mina Bitcoin em escala industrial.
Nesta quinta-feira, 25 de abril de 2025, novos dados divulgados pela Bitcoin Magazine e confirmados pela BTC Times mostram que os Estados Unidos ultrapassaram a marca de 50% da taxa global de hash rate do Bitcoin pela primeira vez na história. Em outras palavras, metade de toda a força computacional que protege a rede Bitcoin está agora em solo americano.

É claro que isso não aconteceu por acaso.
Como os EUA dominaram a mineração de Bitcoin
Após a expulsão em massa dos mineradores da China em 2021, os Estados Unidos souberam — e muito bem — aproveitar a oportunidade. Enquanto outros países hesitavam entre regulações hostis e incertezas políticas, estados como Texas, Wyoming e Kentucky abriram as portas e ofereceram energia barata e estabilidade jurídica para os mineradores.
Além disso, a proliferação de parcerias entre mineradoras e produtores de energia renovável aumentou a capacidade de expansão sem grandes impactos ambientais. Empresas como Riot Platforms, Marathon Digital e CleanSpark lideraram essa revolução silenciosa.
O resultado não poderia ser diferente: hoje, os EUA são a nova capital mundial da mineração de Bitcoin.
O que significa metade do hash rate estar nos EUA?
Na prática, isso torna a infraestrutura do Bitcoin mais resiliente — e, paradoxalmente, também levanta preocupações.
Por um lado, a descentralização interna é forte: o hash rate americano está distribuído entre milhares de operações em dezenas de estados diferentes. Por outro lado, uma concentração geográfica dessa magnitude sempre acende o alerta de possíveis pressões regulatórias.
Entretanto, como destacou Marty Bent em seu boletim “Marty’s Bent” desta semana:
“O Bitcoin é antifrágil. Pressione-o em um país, ele migra. Tente censurá-lo em uma região, ele ressuscita em outra. Não há como parar essa rede.”
Assim, mesmo que os EUA tentassem agir contra a mineração em massa (o que é improvável no cenário atual), o sistema reagiria com sua característica capacidade de adaptação.
Perspectivas para o futuro da mineração
A tendência é que o domínio dos Estados Unidos ainda cresça nos próximos anos. Projetos bilionários de expansão energética, como o desenvolvimento de usinas solares dedicadas exclusivamente à mineração no Texas, estão em andamento.
Por outro lado, países como El Salvador, Paraguai e Canadá também se movimentam para conquistar uma fatia maior do mercado de hash rate. Isso deve garantir que a mineração permaneça suficientemente distribuída no longo prazo.
Enquanto isso, os maximalistas de Bitcoin comemoram: a rede nunca esteve tão segura.
Preparem seus ASICs. A guerra pela próxima era de mineração de Bitcoin já começou.